
SOBRE
Músico, arquiteto urbanista, turismólogo, gestor cultural e empresário, cursou Gestão Cultural no Centro de Pesquisa e Formação do SESC, é pós-graduado em Gerente de Cidades (FAAP) e Cultura: Plano e Ação (USP).
NAS ARTES
Mateus Sartori nasceu em Franca, cidade do interior de São Paulo, onde ainda muito pequeno teve o primeiro contato marcante com a música, influenciado por sua família.
Aos 2 anos de idade mudou-se com a família para Mogi das Cruzes e, aos 13, ingressou em corais da cidade, despertando a atenção da maestrina Dulce Primo e da pianista AlexSandra Grossi, que contribuíram para o aprimoramento de sua musicalidade e o direcionaram aos estudos na capital paulista.
Em 1996 matriculou-se na Escola Municipal de Música de São Paulo e, no ano seguinte, ingressou na Universidade Livre de Música Maestro Tom Jobim (hoje EMESP), instituições de referência na formação de músicos no país, onde estudou canto popular, canto erudito e regência coral.
Paralelamente, cursou Arquitetura, conciliando os estudos acadêmicos com sua dedicação à música. Frequentou festivais em Campos do Jordão, Curitiba, Londrina, Itajaí e outros, onde pôde estudar técnicas de canto e regência com importantes nomes da música brasileira, entre eles Guinga, Jane Duboc, Mônica Salmaso, Consiglia La Torre, Clara Sandroni e Regina Lucatto.
Ao longo da carreira, dividiu o palco com artistas como Guinga, Renato Braz, Guilherme Arantes, Flávio Venturini, Fabiana Cozza, Jorge Vercillo, Ivan Lins, Jair Rodrigues e Danilo Caymmi, entre outros.
Em 2006 lançou seu primeiro CD, Todos os Cantos, com produção musical de Mario Gil e participações de Guinga, Renato Braz e Nailor Proveta.
No final de 2007 lançou Dois de Fevereiro, homenagem a Dorival Caymmi, com produção de Rodolfo Stroeter e participações de oito violonistas de destaque da música brasileira, entre eles Guinga, Paulo Bellinati, Webster Santos, Mario Gil, Jardel Caetano, Edmilson Capelupi, Diego Figueiredo e Chico Saraiva. O disco foi apontado pela crítica musical da Folha de S. Paulo como um dos melhores de MPB daquele ano, recebendo destaque em veículos de comunicação e sendo apresentado em importantes palcos e projetos, como Auditório Ibirapuera (SP), Museu de Arte da Pampulha (BH) e unidades do Sesc em São Paulo.
Em 2009 lançou o projeto Vila de Sant’Anna, que tinha como objetivo registrar e divulgar os compositores de Mogi das Cruzes. Nesse projeto, produziu e gravou 11 compositores mogianos no CD Barroco.
Ainda em 2009 participou do CD 100 Anos Ataulfo Alves, interpretando “Meu Lamento” ao lado do violonista Alessandro Penezzi. O trabalho contou também com Elza Soares, Simoninha, Beth Carvalho, Ná Ozetti, Fafá de Belém e Elba Ramalho.
Em 2010 foi novamente convidado pela gravadora Lua Music para o projeto 100 Anos Adoniran Barbosa, interpretando “Jogue a Chave” e “Não Tem Solução” em dueto com Fabiana Cozza.
Em 2011, sob a produção do pianista Tiago Costa, lançou Franciscos, quarto trabalho da carreira, que revisita dez “Franciscos e Chicos” da música brasileira. O disco tem sonoridade moderna, arranjos originais e participações de Chico César e Chico Pinheiro.
Em 2013, ao lado do pianista e acordeonista Guilherme Ribeiro, lançou Que Se Deseja Rever, álbum dedicado ao centenário de Luiz Gonzaga.
No mesmo ano assumiu a Secretaria de Cultura e Turismo de Mogi das Cruzes, função que exerceu até 2020.
Em 2019 recebeu o Prêmio Grão de Música, que valoriza compositores e intérpretes da música brasileira de diferentes gerações e regiões do país.
Após sete anos sem gravar, retornou ao estúdio para lançar Na Volta que o Mundo Dá, com 14 canções que unem elementos modernos a ritmos tradicionais. Lançado em 2020, o álbum teve sua circulação adiada pela pandemia e passou a ser divulgado em shows apenas no final de 2021.
Ainda em 2020 lançou seu primeiro livro, Política Cultural: Uma Construção Coletiva, resultado de sua pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP), no qual relata parte de sua trajetória como gestor público.
Em junho de 2024 lançou seu sétimo trabalho, o EP Linha de Passe, revisitando a obra de João Bosco.
Desde 2023 participa do corpo de jurados do Prêmio Multishow da Rede Globo de Televisão.
Foi presidente do Instituto Criarte, fundado em 2005, entidade sem fins lucrativos reconhecida como de utilidade pública, certificada como Ponto de Cultura e pelo Conselho Municipal de Cultura de Mogi das Cruzes. O instituto atua em assessoria e gestão de projetos culturais, governamentais e privados, com foco em advocacy e práticas de ESG.
É proprietário do Studio Casa 7 Consultoria, empresa especializada em consultoria, assessoria, elaboração, gerenciamento e captação de recursos para projetos de organizações públicas, privadas, do terceiro setor e sociedade civil.
NA GESTÃO PÚBLICA
Foi Secretário de Cultura de Mogi das Cruzes de 2013 a 2020, acumulando a partir de 2017 as áreas de Turismo e Juventude. Foi responsável pela criação das Câmaras Técnicas Regionais de Cultura e Turismo do Alto Tietê e atuou como representante regional na comissão de elaboração do Plano Estadual de Cultura de São Paulo.
Durante sua gestão, viabilizou 11 novos equipamentos culturais, entre eles o Centro Cultural de Mogi das Cruzes, o Estúdio Municipal de Áudio e Música, a Casa do Hip Hop e a Pinacoteca Municipal. Em 2017 articulou a realização da maior audiência pública da história do município, que resultou na instalação de uma unidade do Sesc em Mogi das Cruzes.
Participou da redação e aprovação de 18 legislações municipais voltadas ao fortalecimento da cultura e do turismo, incluindo o Plano Municipal de Cultura, a Lei de Incentivo Fiscal Municipal, o Programa de Fomento à Arte e Cultura, o Sistema Municipal de Cultura e o Sistema Municipal de Museus. Também atuou na lei estadual que incluiu Mogi das Cruzes no programa de Municípios de Interesse Turístico de São Paulo.
Implantou o Programa Diálogo Aberto, iniciativa de gestão participativa que realizou 318 fóruns e encontros municipais, envolvendo mais de 17 mil participantes em oito anos.
Em 2016 recebeu a Medalha Alferes Tiradentes de Mérito Cultural, concedida a secretários municipais que promovem a preservação e valorização do patrimônio cultural.
Foi fundador e vice-presidente do Conselho Gestor da Associação de Dirigentes Municipais de Cultura (ADIMC).